perguntas mais frequentes
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Fototerapia é mesmo que tomar sol?
Desde a antiguidade observou-se que a exposição ao sol pode auxiliar o tratamento de diversas doenças e foi utilizado o termo helioterapia. O sol possui vários tipos de radiação (UVA, UVB, UVC, infravermelho, luz invisível) que facilmente podem levar ao vermelhidão e queimaduras. A sua exposição crônica leva ao envelhecimento precoce da pele chamado fotoenvelhecimento e prováveis degenerações como carcinomas e melanomas. A fototerapia foi criada com lâmpadas especiais que permitem a emissão só de um tipo de irradiação, mais adequado para tratamento de doenças de pele como psoríase, parapsoríase, vitiligo e dermatite atópica.
2. Fototerapia é o mesmo que bronzeamento artificial?
Não, o bronzeamento artificial foi proibido no Brasil após constatar que leva ao aumento do envelhecimento precoce, manchas e risco para câncer de pele onde as lâmpadas são comuns. Na fototerapia, as lâmpadas são terapêuticas porque possuem filtros especiais que só permitem a emissão de radiação controlada, podendo emitir luz ultravioleta do tipo UVB ou tipo UVA.
3. Existe risco para câncer de pele com a fototerapia? Quando devo me preocupar?
O risco para desenvolver um câncer de pele tipo carcinoma depende de vários fatores e da dose total que o paciente fez durante toda vida. No caso do UVA, conhecido como PUVA. O risco ocorre é a partir de 300 sessões acumuladas e para UVB após 1.000 sessões, ou seja, pouco provável.
4. Que cuidados devo tomar durante e depois dos tratamentos com fototerapia?
A equipe médica lhe orientará sobre o uso de óculos de proteção durante as sessões e proteção nas áreas genitais. O ideal é fazer a fototerapia sem ter passado nada na pele e após a aplicação, utilizar um creme hidratante no corpo e um fotoprotetor (filtro solar, mínimo FPS 15) nas áreas descobertas para casos em que for se expor ao sol após a sessão.
5. Quando tomo sol a psoríase piora. Posso fazer a fototerapia?
Essa questão envolve vários fatores, por exemplo o tempo de exposição solar que faz piorar, seu tipo de pele (pele clara e sensível, pele morena, etc..) e o que utiliza de medicamento tópico para tratar sua doença. Seu médico dermatologista irá prescrever a fototerapia mais adequada, porém informe a equipe que possui pele sensível ao sol.
6. O tratamento para psoríase é demorado?
Isso dependerá do tipo de psoríase e o quão espessas estão as placas da psoríase. Geralmente, são necessárias de 10 a 15 sessões e importante é não faltar, pois as doses do ultravioleta são acumulativas e progressivas. A cada sessão será aumentado o tempo de exposição à luz. Se faltar, será mantido dose anterior. Caso falte 4 sessões consecutivas, deverá recomeçar com a dose inicial. Há casos em que o paciente não responde ao tratamento, o qual deverá ser escolhido outra opção terapêutica.
7. Vou precisar de muitas sessões para tratar o vitiligo?
No vitiligo há diversos fatores que influenciam o sucesso do tratamento e quanto mais recente for, mais chance de voltar à pigmentação normal da pele. No rosto a resposta é mais rápida, em média de 10 a 15 sessões, no corpo um pouco mais (15 a 20) e o mais demorado são nas áreas sem pelo e com atritos constantes, como dos dedos das mãos e pés, podendo chegar a 40 ou 50 sessões. A persistência é fundamental.
8. Quais cuidados gerais que devo ter?
Sempre evitar atritos constantes ou ferimentos, pois tanto a psoríase como o vitiligo poderão surgir nas áreas de trauma da pele. Depile com cuidado e não corte contra o pelo. Evite coçar, escoriações, picadas de insetos e utilize logo um creme cicatrizante. A exposição solar deverá ser feita no dia a dia com filtro solar nas áreas expostas, especialmente após a fototerapia e no dia seguinte. Alguns medicamentos podem reagir com a luz solar e fototerapia, informe ao seu médico todas as medicações para que faz uso como os para tratar diabetes, hipertensão e fórmulas. Avise a equipe no caso de suspeita ou confirmação de gravidez.
9. Preciso de acompanhamento médico?
A fototerapia ultravioleta do tipo UVA ou UVB é um tratamento médico, prescrito por um dermatologista, clínico ou pediatra que sempre fará a supervisão do tratamento, podendo haver associação com outros métodos como medicamento oral e cremes específicos.